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O crescimento acelerado das demandas do mercado por mais velocidade e novos serviços de banda larga tem exigido investimentos constantes – e cada vez mais pesados – na expansão das redes de telecomunicações em todo o país. Para as operadoras de telecomunicações regionais e provedores de serviços de internet (ISPs), muitas vezes com capacidade de investimento limitada, esse é um desafio relevante a ser superado para garantir sua competitividade perante a concorrência – bem como sua própria sobrevivência no mercado.

Em muitos casos, as operadoras e provedores recorrem aos bancos com os quais têm negócios para obter parte dos recursos necessários para financiar a expansão de suas redes. Contudo, o custo, as condições de pagamento e os requisitos de garantia exigidos para a concessão desse tipo de crédito representam obstáculos que podem inviabilizar seus projetos. Assim, muitas vezes, a saída é buscar outras fontes de financiamento com condições mais acessíveis e adequadas ao plano de investimento de cada operadora ou provedor.

Atualmente, existem instrumentos de crédito disponíveis para operadoras e ISPs em empresas e instituições financeiras ligadas ao governo, como a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ambos oferecem linhas de financiamento especiais – algumas delas utilizando recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) – para a aquisição de produtos e equipamentos fabricados no Brasil e/ou com tecnologia nacional. No caso do BNDES, é preciso que o produto tenha o código Finame, que funciona como atestado de que é fabricado no país. Já a Finep exige que parte dos equipamentos adquiridos atenda aos requisitos da Portaria n.º 950 do MCTI, que regulamenta o reconhecimento de produtos com tecnologia desenvolvida no Brasil.

Além das linhas de financiamento dessas instituições, vários fornecedores de infraestrutura de rede (vendors) também dispõem de instrumentos de crédito voltados a operadoras regionais e ISPs. É o caso da Padtec, empresa brasileira que investe em pesquisa, desenvolvimento e produz no país os equipamentos fornecidos a esse mercado – o que permite a aquisição de seus produtos utilizando as facilidades oferecidas pelo BNDES Finame e pela Finep. 

Além disso, desde 2017, a empresa mantém uma área de crédito estruturada com foco específico nas operadoras regionais e nos provedores de internet. Por meio dessa área, é possível acessar linhas de crédito da própria fornecedora (modelo vendor finance), estruturadas em conjunto com instituições financeiras com as quais a Padtec tem parceria e também outras modalidades de financiamento. 

Uma novidade recente é o fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) lançado no final de 2021 em parceria com o BNDES. Foi a primeira experiência desse tipo no país, com o objetivo de atender aos provedores com faturamento anual de até R$ 300 milhões que estão estruturando ou expandindo suas redes e serviços. Trata-se de uma linha de crédito de custo mais acessível – juros TR (abaixo de 2% em 2022) mais 7% ao ano – e prazo de 24 a 48 meses para pagamento. Os resultados dessa experiência têm sido positivos: entre abril de 2022, quando foi realizado o primeiro funding, e abril desse ano, foram 24 operações de clientes aprovadas.

Com a Finep, a Padtec oferece uma linha chamada Aquisição Inovadora em Telecom, estruturada especificamente para a compra de produtos desenvolvidos no Brasil. Nesse caso, a Padtec atua como facilitadora no acesso de seus clientes a esse instrumento de crédito da Finep, que oferece condições especiais como prazo de pagamento de até 60 meses, carência de até 24 meses e taxas de juros TR + 7% ao ano. Nesse modelo, a Padtec executa todo o processo exigido para a concessão do financiamento, faz a análise de crédito e compõe o fundo de liquidez, de modo a validar a operação junto aos bancos conveniados pela empresa e pela Finep.

Outra opção oferecida é o modelo chamado de descentralizado (ou sem convênio com a Padtec), que utiliza a mesma linha de financiamento da Finep. A diferença é que, nesse caso, a interação do provedor com os bancos conveniados com a Finep é direta – a Padtec também atua como facilitadora do processo. Nesse modelo, o provedor pode conseguir junto ao banco prazos de pagamento de até 120 meses, o que pode ser uma vantagem para o financiamento de projetos mais longos.

Por fim, dependendo do volume do projeto e do porte do cliente, é possível a operadora ou ISP fazer o acesso direto ao BNDES e à Finep, obtendo-se condições de taxas de juros e prazos de pagamento ainda mais atrativos.

Em todos os casos, a intenção é facilitar e oferecer as melhores condições para que as operadoras regionais e os ISPs possam adquirir os equipamentos necessários para a expansão de suas redes, a melhoria da qualidade de seus serviços, atendendo às exigências dos usuários e mantendo sua competitividade no mercado. Afinal, de nada adianta investir no desenvolvimento de produtos e equipamentos de alta tecnologia e qualidade se o mercado não tiver acesso a eles.

*Henrique Graciosa é diretor de Vendas para o Mercado Nacional da Padtec.


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